Do escritório ao relvado: o sonho que Carolina nunca deixou para trás

Carolina Ribeiro é secretária administrativa na Consilcar e jogadora amadora no Amora. Automóveis e futebol são duas áreas onde conquistou o seu espaço por mérito próprio.

Começou a jogar aos 16 anos no Paio Pires como defesa central e defesa direito. Passados dois anos, mudou-se para o Amora, equipa que disputa atualmente a segunda divisão nacional. Treinos, jogos, viagens e o horário de trabalho deixam pouco tempo para a vida privada. Conciliar a atividade profissional com o futebol feminino é notável e desafiador. É preciso talento, organização e muita paixão para correr com a bola nos pés atrás do sonho de criança.

Durante a sua infância trocou as bonecas por uma bola “sempre que podia ir jogar à bola com meus amigos”, disse. O gosto pelo jogo tornou-se uma evidência e nunca perdia a oportunidade de jogar “ia para a escola bem arranjada, de vestidinho e collants, e regressava a casa toda rasgada porque passava os intervalos a jogar à bola com os rapazes, foi assim do primeiro ao quarto ano”, contou.

Nos últimos dez anos viveu momentos marcantes, especialmente a subida à primeira divisão, em 2020, com o Amora. “Foi tudo um bocadinho estranho porque aconteceu no ano do Covid. Fizemos uma mini-festa, com as jogadoras afastadas umas das outras, o mesmo aconteceu com a equipa técnica e a direção do clube”, lembrou.

Carolina Ribeiro trabalha há oito anos na Consilcar e aprendeu a gostar de automóveis “não tinha grande conhecimento do setor, mas aprendi a gostar”, confidenciou. Treina quatro vezes por semana, quase sempre ao fim do dia, e não é fácil conciliar o trabalho com a prática desportiva, mas a flexibilidade da Consilcar facilita grandemente as coisas. “A empresa ajuda-me muito. Sempre tive grande abertura para poder treinar e nunca foi posta em causa a minha atividade no futebol”, fez questão de salientar a jogadora. Este é mais um exemplo de como a Consilcar apoio o desporto.

As mulheres têm fintado os preconceitos e conquistado o reconhecimento como atletas. A jogadora, de 26 anos, considera que o futebol feminino tem condições para progredir “a mentalidade está a mudar, mas ainda há muito para fazer no sentido de criar maior igualdade. A maioria dos clubes estão a investir no sentido de reduzir a diferença para o futebol masculino. Obviamente que financeiramente é muito complicado lá chegar, mas a nível de formação está a evoluir e já há muitas raparigas a jogar. São os próprios pais que as levam as meninas para o futebol e não apenas para o ballet ou outro desporto”, salientou Carolina Ribeiro.

Como a Carolina, há outros colaboradores da Consilcar que conciliam a profissão com a prática desportiva. Acreditamos que é essa energia fora do comum que faz da nossa equipa algo especial, dentro e fora de portas. Seja no futebol feminino ou ao volante de uma viatura de competição do Team Consilcar, o espírito de dedicação e superação está sempre presente.