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Condução defensiva: Saiba como enfrentar o mau tempo


Condução defensiva: Saiba como enfrentar o mau tempo

Os fenómenos climáticos extremos a que temos assistido, como chuvas fortes, podem afetar a condução e aumentar o risco de acidentes na estrada. Nesta época do ano, é ainda mais importante adotar técnicas de condução defensiva. Saiba como.


Este outono tem sido marcado por mudanças climáticas acentuadas, de ondas de calor a chuvas fortes e tempestades.

Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, no ano passado registaram-se quase 33.000 acidentes com vítimas em Portugal (feridos ou mortos). Este outono tem sido marcado por mudanças climáticas acentuadas, de ondas de calor a chuvas fortes e tempestades. Estas mudanças aumentam o risco de acidentes na estrada. É, por isso, importante adotar técnicas de condução defensiva, para garantir a segurança de todos na estrada. Mas se o termo ‘condução defensiva’ já entrou no léxico de muitos utilizadores do automóvel, é importante ter noção de que tudo começa com uma atitude de prevenção para minimizar os riscos, mesmo antes de começar a sua viagem. Aqui ficam algumas recomendações da Consilcar para aumentar a sua segurança de circulação.


Cansado ou com sono? Não arrisque. É a melhor decisão que pode tomar para garantir a sua segurança e a dos outros.


1. Cansado ou com sono? Não arrisque. É a melhor decisão que pode tomar para garantir a sua segurança e a dos outros. A fadiga ao volante é um dos fatores responsáveis por 10 a 20 por cento dos acidentes rodoviários. Nem sempre é fácil admitir que não temos condições para conduzir, mas é importante reconhecer os sinais de alerta do organismo e minimizar o risco. E lembre-se: a única estratégia que combate a fadiga é mesmo dormir! Nem que seja por 15 ou 20 minutos.


2. Confirme o estado dos pneus. Utilizar pneus de qualidade e verificar regularmente o seu estado é um dos melhores investimentos (de tempo e dinheiro) que pode fazer pela sua segurança. Afinal, este é o único elemento que liga o automóvel à estrada. Com o piso molhado ou com sujidade acrescida na estrada (óleo ou combustível misturado com água, folhas caídas, etc.), ter pneus eficazes, em bom estado e com a pressão adequada pode ser a diferença entre ter ou não ter um acidente (e as suas consequências). Em situações de chuva, se os pneus não tiverem os sulcos com a profundidade recomendada (para veículos ligeiros 1.6 mm, pesados e motociclos 1 mm), não conseguem escoar adequadamente a água e esta forma uma cunha que impede o contacto do pneu com o pavimento.


3. Reduza a velocidade. De acordo com dados da ANSR, o excesso de velocidade é a principal causa de acidentes rodoviários em Portugal. Qualquer imprevisto na estrada é mais fácil de gerir se a velocidade for moderada e adequada às condições do tempo e da via (estado do piso, condições de aderência, tráfego, etc.). Lembre-se que o objetivo de uma condução defensiva é, em primeiro lugar, minimizar o risco. Logo, a velocidade de circulação está diretamente relacionada com a probabilidade de um acidente ou a sua gravidade, sobretudo em condições climatéricas adversas.


4. Aumente a distância de segurança. Tal como a velocidade, a distância de segurança é outro fator que pode minimizar (ou potenciar) o risco de um embate ou acidente. À mesma velocidade, as distâncias de travagem são maiores com piso molhado do que no piso seco, por isso ao adaptar a sua distância para o veículo da frente pode reduzir decisivamente o risco de embate ou acidente. Com chuva, isto torna-se também crucial para impedir que o spray levantado pelos pneus do veículo da frente afete a sua visibilidade, assim como o nevoeiro, que pode diminuir drasticamente a perceção do espaço à sua frente.


5. O telemóvel e outras distrações. “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, defendia uma campanha da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Utilizar o telemóvel enquanto conduz aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente. Ou, dito de outra forma, a uma velocidade de 50 km/h, olhar para o telemóvel durante 3 segundos é o mesmo que conduzir de olhos vendados durante 42 metros, o equivalente a uma fila de 10 carros! O mesmo se aplica aos dispositivos de infoentretenimento, aos menus do computador de bordo e até ao ato de comer ao volante, que podem prejudicar a tarefa primordial de conduzir o automóvel. O ‘multitasking’ é inimigo da segurança ao volante, além das multas a que fica sujeito.


6. Espere o inesperado. Ao adotar uma condução defensiva, o condutor minimiza os riscos da sua ação, mas há sempre que contar com o comportamento de terceiros. Os outros condutores, peões e demais utilizadores da via pública podem ter um comportamento imprevisível ou até perigoso, que o coloca a si em risco. É aconselhável, por isso, sinalizar sempre as suas manobras de viragem ou travagem (‘piscas’, faróis, luzes de stop e até a buzina são os melhores aliados para informar os outros das suas intenções e movimentos), mas colocando sempre a hipótese de o outro condutor não o ter visto ou ter uma ação inesperada. O mesmo princípio aplica-se às condições de aderência do piso, sobretudo com chuva e em curva, onde é sempre preferível ter uma abordagem prudente.

A condução defensiva, sobretudo nesta época do ano, é uma equação matemática: reduza o risco, aumente a segurança. Boa viagem!

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